A gestão de inventários no setor de restauração e bebidas é fundamental para garantir a eficiência operacional e a saúde financeira do negócio. Um controlo rigoroso dos stocks permite evitar desperdícios, prevenir ruturas de produtos e otimizar as compras, assegurando que os ingredientes e bebidas estão sempre disponíveis nas quantidades certas. Além disso, uma gestão eficaz dos inventários contribui para a maximização dos lucros e para a satisfação do cliente. Neste artigo, iremos explorar a importância dos inventários no setor da restauração e bebidas, apresentando boas práticas para manter um controlo eficiente dos stocks e melhorar o desempenho do negócio.

Entende se por inventário a contagem física de todas as mercadorias armazenadas num determinado armazém, sendo o seu principal objetivo o de apurar eventuais desvios relativamente aos registos contabilísticos, isto é, aos dados resultantes dos lançamentos das entradas (compras) e das saídas de armazém (requisições).

Quebras:

• As quebras de inventário são diminuições verificadas nas quantidades dos inventários existentes na empresa num determinado momento.

• Consideram se quebras anormais as de caráter imprevisível e extraordinário, resultando de factos alheios à atividade da empresa, por exemplo acidentes, roubos, incêndios, inundações, etc.

• Podem também dever se a erros de gestão, como por exemplo registo de entradas e saídas erradas.

Tipos de Inventário

Inventário permanente

Consiste em manter permanentemente atualizadas as quantidades de cada artigo em stock através das transações (registo entradas e saídas).

Inventário intermitente

É geralmente realizado uma vez por ano, no final do ano contabilístico;

Efetua-se para todos os artigos da empresa, o que implica uma apreciável carga de trabalho que pode perturbar a sua atividade;

Impossibilita o conhecimento dos resultados ao longo do ano.

Inventário rotativo

Consiste em examinar o stock por grupo de artigos, em termos de quantidade e localização dos mesmos;

A frequência pode variar consoante a importância do artigo. Exemplo: um inventário trimestral para os artigos da classe A; um inventário semestral para os artigos da classe B; e um inventário anual para os da classe C.

Reconciliação

Devem se efetuar contagens físicas aos armazéns das diferenças resultantes entre as quantidades existentes no suporte informático , e as quantidades reais → Surgem os “Acertos de Inventário”.

Acerto de Stock → é um documento de stock que corrige a quantidade existente e disponível do produto. Ou seja, nem será considerado como uma entrada, nem como uma saída, será sim, um acerto de quantidade.

Objetivo:

A reconciliação dos inventários visa sobretudo corrigir os registos contabilísticos de entradas e saídas de mercadorias para os valores obtidos no inventário físico do armazém.

Fórmula:

Inventário Inicial (físico) - o inventário inicial de um determinado mês deverá sempre corresponder ao inventário final físico do mês anterior + Entradas em armazém (registo de compras) - Saídas de armazém (registo das requisições) = Existências contabilísticas (teóricas) - Inventário final (físico) = Diferença de inventário

Para medir o alcance da quebra desconhecida, calcula se a diferença de inventários , ou seja, a diferença entre o inventário teórico e o real.

Utilizando as seguintes fórmulas:

• Stock inicial saídas de produtos + entradas de produtos = Stock teórico

• Stock teórico stock real = Diferença de inventário